Um pedido de vistas do desembargador Gilberto Caribé, apresentado na manhã desta quinta-feira (16), no Tribunal de Justiça da Bahia, adiou por duas semanas a votação do relatório do juiz Carlos Alberto Santos Araujo, relator do processo referente ao assassinato do estudante Marcelo Lima, cometido durante a Oktoberfest, no Clube de Campo Cajueiro, em Feira de Santana, em outubro de 2006.
Ainda na sessão realizada nesta quinta, em Salvador, na Segunda Câmara Criminal do TJ, a desembargadora Ivete Caldas declarou-se favorável a manutenção da sentença proferida pelo juiz Paulo Sérgio Barbosa, em setembro de 2007.
Na oportunidade, o magistrado pronunciou o advogado Deraldo de Oliveira Pereira Filho, 31 anos, e o empresário Pedro Henrique Oliveira Ribeiro, 26 anos, por lesão corporal seguida de morte, apontando que os acusados não tiveram a intenção de matar o estudante.
Já o relatório apresentado pelo juiz Carlos Alberto Santos Araujo, na quinta-feira (9), indica que os réus sejam levados a júri popular, concordando com a tese defendida pelo Ministério Público de que denunciou os responsáveis pelo crime por homicídio duplamente qualificado.
ENTENDA O CASO
Conforme foi apurado pela polícia, o estudante de Engenharia Civil, Marcelo Lima morreu vítima de traumatismo craniano após ter sido espancado quando tentava interceder em favor de um amigo, identificado como Lucas Silva Ribeiro, que se envolvera numa briga na área VIP do Clube de Campo Cajueiro durante a Oktoberfest, no dia 08 de outubro de 2006.
O promotor público Cláudio Jenner de Moura Bezerra denunciou o advogado Deraldo de Oliveira Pereira Filho, 31 anos, e o empresário Pedro Henrique Oliveira Ribeiro, 26 anos, por homicídio duplamente qualificado.
Em setembro de 2007, o juiz titular da Vara de Execuções Penais de Feira de Santana, Paulo Sérgio Barbosa pronunciou os réus por lesão corporal seguida de morte, apontando que os acusados não tiveram a intenção de matar o estudante. A decisão revoltou familiares e amigos de Marcelo Lima.
Em maio passado, o novo juiz da Vara de Execuções Penais, Edvaldo Jatobá, encaminhou ao Tribunal de Justiça da Bahia, a decisão sobre o tipo de crime cometido por Pedro Henrique Oliveira e Deraldo de Oliveira Pereira.
Posta por Jorge Magalhães
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