quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Pai de Eloá serrou corpo de ex-mulher ao meio

A Polícia Civil de Alagoas investiga se o ex-cabo da PM de Alagoas Everaldo Pereira dos Santos pai da garota Eloá Pimentel, 15, serrou ao meio o corpo da ex-mulher dele, Marta Lúcia Alves Vieira. Marta Lúcia morreu em 1993. Everaldo é o suspeito, segundo a Polícia Civil de Alagoas.

Eloá foi morta após ser baleada pelo ex-namorado, Lindemberg Fernandes Alves, após ser mantida em cárcere privado por mais de cem horas no apartamento onde morava, em Santo André (Grande São Paulo). Lindemberg foi preso e na terça-feira (28) o promotor Antonio Nobre Folgado apresentou à Justiça a denúncia (acusação formal) contra o ex-namorado de Eloá.

O ex-cabo é acusado de ter feito parte da chamada
"Gangue Fardada" --espécie de esquadrão da morte de Alagoas-- e de participar, entre outros crimes, do assassinato do delegado Ricardo Lessa, irmão do ex-governador do Estado Ronaldo Lessa.


Ele nega que tenha matado e sua defesa informou que ele permanecerá foragido até que processos sejam estudados. Até por volta das 15h desta quinta-feira Everaldo permanecia foragido.


CrueldadeA delegada Luci Mônica Rabelo, diretora de estatística, informática e armas da Polícia Civil de Alagoas, colheu o depoimento das irmãs de Marta Lúcia, em Pilar (AL).
Rita de Cássia e Claudilene Vieira, irmãs de Marta Lúcia, já haviam anunciado a disposição em
colaborar no inquérito sobre a morte da irmã.


Luci afirma que a morte de Marta Lúcia foi cruel. Everaldo é o único suspeito, segundo a delegada, pois foi o último a ser visto com Marta Lúcia.


Durante o depoimento, as irmãs da ex-mulher do cabo da PM disseram que o corpo de Marta Lúcia foi encontrado partido ao meio num corte horizontal, como se dividido em dois. A cabeça foi carbonizada e o pescoço tinha sinais de enforcamento.


"Eu me assustei com o que ouvi. É uma monstruosidade sem fim", afirmou a delegada. s ex-cunhadas de Everaldo disseram que o IML (Instituto Médico Legal) constatou as agressões e o corpo de Marta Lúcia foi encontrado em Pilar (AL).


Luci afirmou que devido a gravidade do teor dos depoimentos e também após as irmãs disseram que se sentem ameaçadas --carros estranhos estariam rondando as casas onde elas moram--- enviou o relato das duas ao juiz Rodolfo Ozório Gatto, da 17ª Vara Criminal da Capital pedindo a antecipação de provas.


No entanto, o juiz manifestou a necessidade de o inquérito policial ser reaberto. A Polícia Civil de Alagoas não soube informar até por volta das 15h se havia um inquérito. "Pode não ter sido investigado", afirma Luci.


Ainda ontem o delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Marcílio Barenco, viajou nesta a Recife para pedir informações à polícia de Pernambuco sobre supostos crimes praticados pelo ex-cabo da PM.

Outro lado

A reportagem entrou em contato por telefone e enviou um mail ao escritório do advogado Ademar Gomes. Não houve resposta ao pedido de informações até por volta das 15h20 desta quarta.



Posta por Jorge Magalhães

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