terça-feira, 25 de novembro de 2008

A violência contra os animais


Assistimos hoje a violência campeando em todo o mundo. No entanto, muitos tentam entender o fenômeno e se perguntam "de onde vem tanta violência?", mas, para mim, o ponto central não é nem sequer citado como causa: a violência imposta aos animais.


Do nascimento à torturada e triste vida, culminando no abate beirando a irracionalidade, perversidade e crueldade do “bondoso” e “generoso” ser humano, há mostras do "respeito" que este nutre ao seu irmão menor e por toda a Natureza.


De tanto torturarmos esses pobres coitados, que sentem tantas dores quanto nós, "superiores" (em guerra, destruição, seqüestro, assassinatos, fofocas...), vamos banalizando a violência. Se não nos sensibilizamos com os seus gritos e suas dores, vamos levando essa mesma violência para os mais fracos de nossa sociedade - as crianças, mulheres e idosos. Com o ciclo vicioso de torturar, matar, castrar, retirar chifres, ferrar, marcar (tudo sem anestesia) vamos nos tornando insensíveis.


Assim, com o nosso latente instinto assassino, estupramos e matamos crianças e mulheres. Os velhos, fracos e doentes, atacamos facilmente. A um homem forte, usamos a emboscada, a pólvora ou a faca. Os choros de desesperos de nossos pares não nos comovem, já que isso é algo com que lidamos, mesmo que indiretamente, milhões de vezes ao dia com os animais “irracionais”.


Relacionemos essa violência ao consumo sôfrego e desenfreado de corpos inertes e em decomposição, que foram duramente castigados durante quase toda sua vida. Na hora de sua morte tiveram ainda mais dor, sofrimento e agonia. Isso é passado para a carne e nos “alimentamos” dessas energias deletérias. Como vamos querer nos portar com ternura, se o que comemos é puro sofrimento?



Posta por ELICLEIA OLIVEIRA-Fonte:Paulo Antônio de Almeida Site:http://www.europanet.com.br/

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