quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Policiais federais e civis paralisam atividades nesta quarta-feira


Policiais federais de 22 Estados devem paralisar suas atividades nesta quarta-feira (10) contra a aprovação pela Câmara dos Deputados da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 549/2006, que equipara o salário dos delegados ao dos membros do Ministério Público.


Em seis Estados (AC, AL, CE, MS, PB e RO) também haverá paralisação de policiais civis contra a proposta. Os policiais civis da Bahia já estão em greve desde ontem.


Onde ocorrer
paralisação, apenas os serviços essenciais serão mantidos como a custódia de presos, a fiscalização nos aeroportos e o plantão policial. Na PF, a emissão de passaporte estará suspensa, com exceção dos casos de emergência.No Rio Grande do Sul, Pernambuco, Amazonas e Acre, os sindicatos dos policiais federais anunciaram que farão operação padrão nos aeroportos.

A estimativa da Federação Nacional de Policiais Federais é que cerca de 8.000 profissionais do AC, AL, AM, AP, BA, CE, ES, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RN, RO, RS, SC, SE, SP paralisem amanhã.


A Cobrapol (Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis) prevê que mais de 100 mil policiais participem da mobilização.


Além da pressão contra a aprovação da PEC, os policiais federais reivindicam a reestruturação da carreira e maior diálogo com o Ministério da Justiça na elaboração da proposta de uma lei orgânica para a PF e protestam contra a contratação de terceirizados.


"Hoje não tem uma lei que regulamente a condução para se chegar a uma chefia. É indicação por apadrinhamento e não é por merecimento, por experiência. Isso não é bom para a sociedade", disse Rejane Teixeira, presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado da Bahia.


Alguns sindicatos não descartam a possibilidade de greve caso o Ministério da Justiça leve adiante a proposta de lei orgânica atual.


No DF e em GO, os sindicatos de servidores da PF não irão paralisar, mas farão assembléias para definir o calendário de mobilização.


Em RR, tanto os policiais federais quanto os civis decidiram não aderir à paralisação nacional devido ao julgamento sobre a demarcação da terra indígena Raposa/Serra do Sol, que acontece amanhã no STF (Supremo Tribunal Federal).


Alguns sindicatos de policiais civis, como o Sinpol de Sergipe e o Sipesp (Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de SP) afirmaram que, apesar de não participarem da paralisação, vão dar apoio à manifestação dos policiais federais. Na Paraíba, além do protesto, os policiais civis e federais devem arrecadar alimentos não-perecíveis e roupas para os atingidos pelas chuvas em SC.


GreveNa Bahia, de acordo com o sindicato dos policiais civis,
5.500 dos 6.700 agentes e escrivães aderiram à paralisação - os delegados continuam trabalhando normalmente. Os policiais reivindicam o envio à Assembléia Legislativa de um projeto de lei para disciplinar o trabalho.

O governador Jaques Wagner (PT) disse que a maioria das reivindicações dos policiais foi atendida e que o projeto será encaminhado ao Legislativo nos próximos dias. Com a greve, as investigações e registros de ocorrências foram suspensos.


Postaa por Jorge Magalhães

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