terça-feira, 19 de maio de 2009

Bahia será o 1º estado a implantar identificação criminal pelo DNA

Representantes das Polícias Federais do Brasil e dos Estados Unidos da América, estão reunidos em Praia do Forte, Litoral Norte da Bahia, desta segunda-feira (18) até a próxima sexta (22), para a FBI NAA Latin American-Caribbean Chapter Conference, a Conferência Anual promovida pela academia (NAA - National Academy Associates), do FBI (Federal Bureau of Investigation).

O objetivo do encontro é promover a troca de experiências entre o FBI e a Polícia Federal brasileira, no combate ao crime. “Esse evento mostra o comprometimento da PF em busca da integração entre as polícias e a difusão do conhecimento, pois ninguém consegue vencer o crime isoladamente”, declarou o diretor-geral da Polícia Federal, Luis Fernando Corrêa.


Na abertura do encontro, que reúne mais de 200 autoridades da área de Segurança Pública, como secretários de Estado e superintendentes da PF, foi assinado um convênio para a utilização do Codis (Combined DNA Índex System), um banco de dados de perfis genéticos, que vai ajudar na identificação de criminosos pelo DNA. Segundo Corrêa, os profissionais serão capacitados para usar o novo sistema, que será implantando para facilitar o trabalho da polícia técnica em todo o país.


Nos EUA, esse sistema é utilizado há mais de dez anos e já realizou cerca de 80 investigações. Hoje o Codis faz parte das ações de investigação de 28 países, entre eles, Alemanha, Canadá, Chile, Espanha, França, Itália, Suécia e Suíça. Aqui no Brasil, cada estado terá um banco de dados de perfis genéticos através do banco nacional, sediado no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal.


De acordo com o vice-presidente da Associação Nacional de Peritos Criminais Federais, Hélio Buchmuller, cada estado terá seu próprio banco de dados com informações genéticas, que ficarão submetidas ao banco de dados nacional.


A Bahia será o primeiro estado a implantar o novo sistema. “É uma inovação que vai ajudar e muito nas investigações da polícia, principalmente em relação ao combate ao tráfico de drogas, que representa cerca de 80% dos crimes no nosso estado”, afirmou o governador Jaques Wagner.


Para o diretor executivo do FBI, Louis Grever, a troca de experiências e conhecimento entre as polícias internacionais é a melhor estratégia para o combate à criminalidade. “Nós temos os mesmos desafios, temos muito aprender com as polícias de outros países como o Brasil e essa troca de conhecimentos é essencial para desenvolver nosso trabalho”, garantiu.


Posta por Jorge Magalhães- Fonte AGECOM

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