segunda-feira, 22 de junho de 2009

Coronel Santana é indiciado por corrupção e formação de quadrilha

Após quebra de sigilo bancários, a policia Civil da Bahia descobriu que o ex-comandante geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Antônio Jorge Ribeiro de Santana, movimentou em suas contas bancárias R$1.207 milhão, apenas no ano de 2007, segundo inquérito policial da Operação Nêmesis encaminhado ao Ministério Público na quinta-feira (18). Santana foi indiciado por corrupção passiva, fraude em licitação, sonegação fiscal, formação de quadrilha e prevaricação.

A Receita Federal, a polícia descobriu que o oficial movimentou valores oito vezes maiores que o seu rendimento anual como coronel, que foi de R$150 mil. Nos anos de 2004, 2005 e 2006, o coronel Santana sempre operou com valores acima de R$1 milhão por ano, enquanto sua renda como oficial girava entre R$150 e R$160 mil anualmente.


Todo o dinheiro foi aplicado em bois, pois é difícil de ser rastreado pela Receita Federal. Tanto Zuldário quanto a sobrinha de Santana também foram indiciados no inquérito Apesar de viver aparentemente de forma modesta, morando no conjunto habitacional da Polícia Militar, no bairro do Cabula, possuir um carro financiado e os filhos estudarem no Colégio Militar, Santana movimentava altos valores nas suas contas bancárias.


Apenas para o agropecuarista Zuldário Ribeiro de Oliveira, acusado de lavar o dinheiro para Santana, o coronel emitiu cheques totalizando R$478 mil no ano de 2007. O que seria usado para aquisição de gado. Os bois seriam levados para a fazenda da sobrinha do coronel, Nanci de Santana Ferreira, que intermediaria as transações.


Sem ter como comprovar a origem lícita do dinheiro, os altos valores nãoeram declarados por Santana junto à Receita Federal. Para o inquérito policial que indiciou, os valores eram fruto da propina paga a Santana pelo esquema de superfaturamento nas compras da PM.


Nos três anos anteriores, 2004, 2005 e 2006, o coronel Santana passou cheques para o fazendeiro Zuldário, totalizando a quantia de R$593 mil, conforme quebra de sigilo fiscal durante as investigações da Nêmesis.


A polícia monitorou também as ligações telefônicas do coronel, em que ele é flagrado, diversas vezes, em conversas com Gracílio, negociando o pagamentode valores de licitações. Santana chega a cobrar dinheiro do articulador de esquema, alegando que está precisando, como aparece na escuta número 11, do dia 23 de dezembro de 2008.

Posta por Jorge Magalhães

Um comentário:

Unknown disse...

Que ridiculo.... que investigação fraca heim? Agora seu governador vá pedir descupla na rede televisiva.