quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ex-PM é condenado a 60 anos de prisão

O ex-policial militar Raimundo Oliveira de Jesus, 40 anos, foi condenado na tarde de quarta-feira (12) a 60 anos de reclusão, pelo assassinato de três pessoas e pela tentativa de homicídio contra outras quatro.

As três vítimas mortas por Raimundo eram da mesma família: Tauane Clara dos Anjos Teixeira, 1 ano e 4 meses, o irmão dela, Carlos Oliveira dos Anjos, 6 anos, e a avó das crianças, Marinalva dos Anjos, 56, morreram durante a ação que ficou conhecida como “Chacina de Massaranduba”, ocorrida em 2006.

Depois de quase nove horas de sessão, a sentença foi lida pelo juiz Vilebaldo Freitas, titular da Segunda Vara do Júri, por volta das 18h. O júri entendeu que Raimundo agiu de forma doentia, dolosa e de forma torpe ao balear sete das dez pessoas que dormiam num casebre, localizado na Baixa do Petróleo.

Após a sentença, o ex-policial militar foi conduzido ao Centro de Observação Penal, na região do aeroporto. A unidade é destinada a presos condenados que correm risco de sofrerem agressões se forem colocados com outros detentos.

Mãe de Tauane e Carlos, a manicure Andréa dos Anjos Silva, 33, que à época foi baleada cinco vezes, contou que Raimundo, que na ocasião era soldado do Batalhão de Choque da Casa Militar, invadiu à paisana o casebre, em busca de um traficante de prenome David. Como não teve êxito, deixou o local. Sem explicação, ele retornou ao recinto e efetuou os disparos.

Horas antes da decisão do júri, Ivan Jezler, um dos advogados de Raimundo, disse que seu cliente era inocente, com base no inquérito instaurado na 3ª Delegacia (Dendezeiros). Segundo ele, na época, as investigações apontaram que os tiros foram disparados por um parente das vítimas.

“O delegado indiciou Alex dos Anjos, tio das crianças, como autor, e apontou que o crime estava relacionado ao tráfico de drogas”, argumentou. Revoltada com a declaração, Andréa rebateu: “É mentira. Alex dormia quando ele (Raimundo) chegou”.

Durante o ataque, foram feridos Taísa Silva Teixeira, 6 anos, a prima Ariane Conceição Silva, 7, e Cristina Santos da Conceição, 26, cunhada de Andréa.

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