quarta-feira, 5 de agosto de 2009

“Rei Nelsinho” é indiciado pelo crime de sonegação fiscal

O empresário do ramo de confecções, Nelson Roberto, mais conhecido como “Rei Nelsinho” foi indiciado pelo crime de sonegação fiscal, nesta terça-feira (4), pelo delegado Madson Pereira Sampaio, titular da Segunda Delegacia de Polícia, em Feira de Santana. O empresário foi ouvido por Madson acompanhado pelo advogado Marco Aurélio Gomes, negou que tenha cometido o crime.

Na próxima semana será interrogada a esposa de Nelson Roberto, Marilene Matias Oliveira, que também foi indiciada pelo mesmo crime.

A acusação de sonegação fiscal atribuída ao empresário foi encaminhada pela Inspetoria Fazendaria ao Ministério Público Estadual, que for sua vez, solicitou a intervenção da Polícia Civil.
De acordo com o titular da 2ª Delegacia o delegado afirmou que não poderia dar informações sobre o inquérito, pois o mesmo corre em segredo de justiça.

50 ANOS

Nesta quarta-feira (5) “Rei Nelsinho” está completando 50 anos, o empresário comemorou seu aniversario ao lado de clientes e amigos.

A Denuncia

O Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) ofereceu na quarta-feira, 2 de abril 2008, denúncia contra o empresário Nelson Roberto de Oliveira Silva, mais conhecido como Rei Nelsinho, sua esposa, e mais oito pessoas por crimes contra a ordem tributária, falsidade ideológica, supressão de documento particular e formação de quadrilha.

Tratam-se dos primeiros denunciados da Operação Xeque-Mate, deflagrada em 14 de março de 2008 pelo MPF e pela Polícia Federal (PF), com o objetivo de combater a sonegação fiscal e desmantelar esquema de empresas constituídas em nome de laranjas na área de confecções, em Feira de Santana.

Segundo a denuncia, o grupo, liderado por Rei Nelsinho - preso durante a operação em março de 2008 -, é responsável por um prejuízo de mais de 990 mil reais à União, que foram sonegados ao Fisco entre os anos de 2000 e 2001, por meio das empresas Cruzeiro Confecções e Feira Center Magazine (Kamy's Modas). Por isso foi requerido o bloqueio dos bens dos envolvidos.

Autor da denúncia, o procurador da República Vladimir Aras explicou na época que o casal e os irmãos de Nelsinho compartilhavam “laranjas”, como numa cooperativa criminosa, na medida em que funcionários das empresas de uns denunciados eram falsos sócios das empresas de outros acusados. “Com isso, criou-se um esquema vantajoso para os verdadeiros empresários, que se ocultavam sob os nomes de seus empregados, livrando-se dos riscos da atividade capitalista e de obrigações tributárias, execuções fiscais e reclamações trabalhistas”, afirma.

A denúncia já foi recebida pela juíza Lilian Botelho Neiva, da Vara Federal em Feira de Santana.

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