quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Menor que levou tiro durante rebelião morre no HGCA

Após ter levado um tiro na cabeça, durante uma rebelião, o adolescente infrator Tiago Pereira, 17 anos, interno da Comunidade de Atendimento Socioeducativo Juiz Melo Matos, morreu na manha desta quinta-feira (15), no Hospital Geral Cleriston Andrade (HGCA). Além do adolescente Tiago, outros ficaram feridos com cortes nos braços, pernas, cabeça provocados por cacos de vidro, pedra e pedaço de madeira.

A rebelião teve inicio na noite desta quarta-feira (14), quando os 49 internos começaram a danificar as instalações dos alojamentos da unidade. O prédio é composto por três alojamentos onde separam os menores conforme suas infrações.

Até o momento a direção da unidade não sabe como os menores se uniram e a rebelião, fazendo o quebra-quebra dos equipamentos e dos quartos (Celas), ateando fogo nos colchões danificando instalações elétricas e hidráulicas entre outros objetos, além de agredirem fisicamente os orientadores.

O presidente da unidade Valmir Mota, Pablo afirmou para reportagem que a rebelião começou após o jogo da Seleção Brasileira “Apos o jogo, os internos das três alas se rebelaram ao mesmo tempo, com gritaria, quebra-quebra, os orientadores entraram para conter os ânimos, mais não conseguiram, ai os Policiais Militares foram solicitados e ao entrarem ouve alguns disparos de arma de fogo, em seguida um adolescente (Tiago) foi encontrado caído sobre o chão, imediatamente foi socorrido pelos policiais para o HGCA”.

TIROS




Ainda na noite de ontem a polícia militar foi acionada para conter a ação dos adolescentes. “Quando os policiais entraram os meninos responderam com muitas pedras, pedaços de madeira, e de repente ouviu-se dois estampidos. Um dos adolescentes já estava caído no chão, gravemente ferido. Não se sabe ainda de onde veio esse disparo”, declarou Valmir Mota.



O presidente disse ainda que posteriormente foi localizado um revólver dentro da unidade. “Não se sabe ainda de quem é essa arma, mas já foi observado que o projétil que atingiu o garoto não saiu da mesma”, frisou.



Ainda na madrugada o tumultuo foi contido, mas ao ouvir através do rádio, já nessa manhã que o interno estava gravemente ferido, os adolescentes retomaram a rebelião.



“Colocaram fogo em colchões, começaram a arrancar grades e começou novamente o enfrentamento, mas também conseguimos tranquilizar a situação”, salientou.

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