Ate às 7h30 da manhã de terça-feira (28), o jornalista Dilton Carvalho, 23 anos, se achava um cara sortudo. Enquanto seus vizinhos do conjunto CHOP M1, na Rua Tenente Valmir Alcântara, no Cabula, reclamavam dos constantes roubos de carro, ele era um dos poucos que não havia passado pelo desgosto. Ele se despediu da sorte quando saía de casa com a mãe, Hildete Carvalho, 45, para ir trabalhar. A mãe chegou primeiro e quando ele lhe entregou a chave do seu Fiesta Prata, placa JPF-9376, foi abordado por três assaltantes.
Dois estavam em um Gol Preto, placa JSM-8402, e outro em uma moto. O bandido que estava no carona desceu do carro com um revólver calibre 38 em punho e abordou a mãe. “Ele chegou todo educado. Disse: ‘Bom dia, tudo bem? Passe a bolsa e chave do carro, por favor”, lembrou. O grupo não teve tempo de tocar na chave do veículo nemde rir do próprio sarcasmo.
No mesmo instante um carro das Rondas Especiais (Rondesp) passava pela rua e perseguiu os ladrões. “Eles entraram no carro e fugiram. Poucos metros depois bateram no fundo de uma Parati que estava estacionada”, contou o jornalista. Quando viu que estava encurralado, o bandido que dava suporte na moto disparou dois tiros contra os três policiais e conseguiu fugir.
O ladrão que estava na carona do Gol e havia anunciado também atirou e foi morto, atingido duas vezes no tórax. O terceiro, que conduzia o carro, preferiu se render. Seu nome é Franklin Meneses de Alencar, 31. Ele está detido na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos.
O criminoso que morreu foi levado ao Hospital Roberto Santos, no Cabula, mas chegou semsinais vitais. O cadáver ainda não foi identificado pela polícia. Segundo moradores, o criminoso pulou da rua para a área do Bloco 115 para tentar fugir, mas não imaginou que no local não havia saída.
Dilton passou o dia relembrando o fato e agora já pode contar a experiência com os vizinhos. “Nunca fui assaltado e sempre ouvi o pessoal falar dos roubos. Tive sorte da Rondesp passar na hora'.
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