quarta-feira, 22 de setembro de 2010

MPF vai recorrer da absolvição de “Frank Calderon”

A Justiça Federal em Feira de Santana (BA) condenou, em agosto último, seis pessoas denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) no município por crimes que variaram entre tráfico internacional de pessoas, quadrilha, concurso material e divulgação de dados reservados.
A denúncia do MPF foi desdobramento da Operação Princesas do Sertão, que desarticulou, há quase dois anos, uma quadrilha que aliciava mulheres em Feira de Santana para promover ou facilitar a saída delas para prostituição em clubes situados no balneário de Ibiza, na Espanha, e na cidade de Brescia, na Itália.

Das 11 pessoas denunciadas pelo MPF, foram condenados Adalto Ferreira de Andrade; Bruno Silva de Santana, Rogéria Matos de Santana, Ylana Caetano Dias, Cristine Leão Batista e Odemício dos Santos Dias a penas que variaram entre 8 a 11 anos de reclusão, detenção e multa a prestações pecuniária e de serviços à comunidade.

As rés Thayse de Lima Barbosa e Vera Lúcia Pereira dos Santos ainda respondem o processo. O MPF vai recorrer da absolvição de Frank Oliveira Borges conhecido como “Frank Calderon” e de César Negrão do Rosário. Frank foi liberado no dia 25 de maio de 2010, do Conjunto Penal de Feira de Santana já Fly da Costa Silva foi absolvido a pedido do MPF.

O golpe

A quadrilha atuava por meio de dois ramos - um italiano e outro espanhol - que aliciava mulheres no município de Feira. As passagens aéreas das vítimas eram compradas com cartões de crédito clonados por estelionatários de Salvador/BA e Vila Velha/ES. Para a compra dos bilhetes aéreos, eles violavam o sigilo funcional do sistema informático da Secretaria de Segurança Pública da Bahia a fim de obter dados pessoais dos titulares dos cartões a serem clonados. O crime era viabilizado por meio da senha de um policial civil, que tinha conhecimento de todo o esquema.

A investigação foi iniciada em fevereiro de 2008 com base em dados fornecidos pelo Departamento de Crimes contra a Vida, da Polícia Civil. Estima-se que, entre janeiro de 2007 e setembro de 2008, a quadrilha tenha enviado ou tentado enviar para a Europa 37 mulheres, em vôos que partiram dos aeroportos internacionais de Salvador, Guarulhos (SP) e Rio de Janeiro (RJ).

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