quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Super lotação do Complexo Policial de Feira coloca vidas em risco


Preocupados com a super lotação que se encontra atualmente no Complexo Policial investigador Bandeira em Feira de Santana é que representantes do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindipoc) estiveram reunidos, na manhã desta terça-feira (30/11), com o atual coordenador regional de policia, Madson Sampaio.

Com capacidade máxima para 35 presos, divididos em oito celas atualmente a o órgão abriga cerca de 170 presos. Várias transferências para conjuntos penais do estado tentaram resolver o problema, mas com as continuas prisões em flagrantes efetuadas pelas polícias civil e militar da cidade voltou a lotar o local, colocando não só os policiais em risco, mais toda a região que cerca o Complexo Policial.
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A reunião contou com a presença dos delegados Madson Pereira Sampaio, Alexandre Narita, Matheus Souza, Marcelo Marques Novo, José Luiz Lapa e Carlos Lins, além de vários policiais civis e membros do Sindipoc, que estava sendo representado pelo vice- presidente Marcus Maurício e Joseval Costa, diretor da sub-sede de Feira de Santana.
De acordo com o delegado Madson Pereira Sampaio, o juiz Fred Pita Lima já autorizou a transferência dos presos, mas não há vagas no sistema carcerário da Bahia. Em entrevista coletiva, o sindicalista Marcus Mauricio enfatizou que enviará um pedido judicial de interdição da carceragem e passará instruções aos policiais. “Não é responsabilidade da policial tomar conta de presos custodiados e sim do estado", disse.

SITUAÇÃO SUBUMANA

Costa ressaltou sobre a segurança e condições de trabalhos, às quais os policias tem que se submeter. “È subumana a situação com que os policiais e os presos vêem passando no Complexo de Feira. As celas estão super lotadas e a maioria dos detentos estão espalhados pelos corredores colocando a vida dos policiais e da comunidade em risco. Esperamos que as autoridades responsáveis tomem uma providencia de imediato, antes que algo de grave aconteça”.

Segundo o delegado, em gestões anteriores a segurança era reforçada com a presença de prepostos da Polícia Militar quando ocorria superlotação no Complexo Policial, mas agora não é percebida a presença da policia no reforço. (Com informações do repórter Aldo Matos, do programa Acorda Cidade).

Em entrevista coletiva, o sindicalista Marcus Mauricio enfatizou que enviará um pedido judicial de interdição da carceragem e passará instruções aos policiais de como proceder com a atual situação com que os policiais vêem se submetendo.

O MOTIM EM JANEIRO

No dia 30 de janeiro deste ano aconteceu um motim devido à superlotação da unidade e pela suspensão das visitas de familiares. A manifestação só foi contida com a presença de policiais e de cães do Centro de Operações Especiais (COE).

Quatro dos detentos
foram mantidos como reféns enrolados em colchões e os amotinados ameaçam incendiá-los a qualquer momento. Outros dois detentos foram resgatados bastante feridos e encaminhados ao HGCA e em seguida encaminhados para A 2ª Delegacia.

A policia Militar
também foi acionada e cerca de 20 homens do Pelotão Tático Móvel e do Moto Centro deram apoio para que não acontecem fugas no local. O Corpo de Bombeiros também foi aciona para apagar um inicio de incêndio. Um helicóptero da PM também já se encontra sobrevoando a área do Complexo Policial. A preocupação é evitar uma fuga em massa na unidade.

De acordo com o delegado Jardel Peres, responsável pela ação do COE, relatou que a invasão na época foi necessária devido ao risco que os reféns estavam correndo. “Depois de varias horas de negociações com os presos fomos obrigados a invadir o local, pois os reféns corriam risco de vida,” observou o delegado.

Três dos quatro reféns foram encaminhados ao Hospital Geral Cleriston Andrade (HGCA) para serem hospitalizados. Um dos reféns apresentava queimaduras no braço esquerdo, o segundo um profundo corte no braço esquerdo e o terceiro varias escoriações pelo corpo e um profundo corte na cabeça. Todos os ferimentos foram provocados pelos rebelados que ameaçavam a queimá-los vivos.

“Depois de muita tensão conseguimos por fim ao motim, agora é colocar a casa em ordem e vê o que a justiça vai fazer com os 146 presos que estão aqui. Os presos destruíram seis celas onde se encontravam cerca de 70 pessoas,” encerrou Fabio Lordello coordenador regional de policia.

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