sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ex-vereador e outras 19 pessoas são presas durante a operação Corcel Negro

Um ex-vereador da cidade de Carinhanha, a 899 km de Salvador, e outras 19 pessoas suspeitas de participar de esquema criminoso de produção e transporte de carvão vegetal foram presas nesta sexta-feira (22), em uma operação batizada de “Corcel Negro” para combater a produção ilegal de carvão no oeste baiano.
 
A ação foi realizada nas cidades Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Carinhanha, Coribe, Juazeiro, Côcos, Riacho de Santana e Ibotirama.
 
A operação foi deflagrada nesta manhã para combater, além da produção e transporte ilegal de carvão vegetal, o transporte irregular de madeira, e uso de notas fiscais e Documentos de Origem Florestal (DOF) falsos. A ação foi realizada em oito municípios do oeste baiano pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ibama e Secretaria de Segurança Pública, por meio das Polícias Civil e Militar.
 
A operação pretendia cumprir 21 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão. Os suspeitos presos serão levados para a Promotoria de Justiça Regional de Barreiras, a 905 km de Salvador. Segundo o Ministério Público da Bahia, sete servidores da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) da capital baiana estão envolvidos no esquema criminoso.
 
Uma das suspeitas detidas na operação no município de Bom Jesus da Lapa é uma empresária da região. Ela é apontada pelas investigações como principal intermediadora do esquema ilegal. A filha e o genro da empresária também foram presos.

Investigação

Segundo o MP-BA, as investigações do esquema ilegal estavam sendo conduzidas pelo Ibama, 10ª Superintendência da Polícia Rodoviária Federal e pelo Núcleo de Investigações Criminais do Ministério Público (NIC).
 
O Ministério Público informou que, durante as investigações, foram identificadas ações criminosas, como o desmatamento de áreas de floresta nativa com a utilização da mesma autorização de exploração por diferentes usuários e propriedades, utilização de fornos ilegais para produção de carvão, atuação de agenciadores de intermediação entre o produtor, o comerciante e o transporte do material, uso de notas fiscais falsas, de um único DOF e nota fiscal para diferentes documentos de origem florestal, dentre outras ações ilegais.

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