quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Delegado diz que Colbert foi preso para evitar eliminação de provas


Em entrevista em Brasília, na tarde desta terça-feira (09/08), o delegado e diretor-executivo da Polícia Federal, Paulo de Tarso Teixeira afirmou alguns dos presos foram detidos para evitar eliminação de provas e que os desvios eram feitos por empresários, funcionários do ministério, Ibrasi e empresas de fachada. Segundo ele, na busca realizada em São Paulo na casa do diretor-executivo do Ibrasi, que está preso, foram apreendidos R$ 610 mil em espécie.
Teixeira disse ainda que o dinheiro destinado à capacitação de profissionais de turismo era repassado pelo Ibrasi a empresas de fachada. “Os recursos eram pagos a empresas que não existiam. Elas constavam no papel, mas ao checarmos os endereços, encontramos terrenos vazios ou outros estabelecimentos”, disse.
Segundo o delegado, o secretário-executivo da pasta, Frederico Costa, o ex-secretário executivo, Mário Moysés, e o secretário nacional de Programas e Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins da Silva Filho, foram presos preventivamente, ou seja, para evitar a eliminação de provas e com prazo maior de detenção. Para que a Justiça decrete a prisão preventiva, as provas têm que ser mais robustas do que as prisões temporárias", disse o delegado. Por determinação da Justiça Federal, todos que foram presos preventivamente foram encaminhados a Macapá, onde a investigação está centralizada
O secretário-executivo do ministério teve decretada a prisão preventiva e será levado para o Amapá. Segundo o delegado, há indícios "fortes" de envolvimento de Frederico Costa da Silva no esquema. “Se não tivesse provas mais robustas, a prisão decretada seria temporária e não preventiva”, declarou.
Ele afirmou que o objetivo da busca era encontrar provas da fraude, como documentos e dinheiro em espécie. A Polícia Federal espera concluir a investigação em um prazo de 15 dias. Os envolvidos devem ser indiciados pelos crimes de fraude a licitação, estelionato qualificado, falsidade e peculato. O contrato que está sob suspeita vale até o dia 24 de novembro de 2011.
Também foram presos um ex-presidente da Embratur, além de empresários, diretores do ministério e funcionários do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi) e o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, que tem o cargo mais importante da pasta depois do ministro.
O diretor-executivo da Polícia Federal, Paulo de Tarso Teixeira, disse que 33 pessoas foram presas e R$ 610 mil foram apreendidos na Operação Voucher, deflagrada nesta terça-feira e que investiga desvios de dinheiro no Ministério do Turismo.

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