sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Continua rebelião no Conjunto Penal de Serrinha


Os detentos da ala C do Conjunto Penal de Segurança Máxima de Serrinha, cidade a 173 km de Salvador, iniciaram rebelião na tarde de quinta-feira (20/10) para reivindicar melhorias em serviços da unidade prisional. Segundo a Polícia Militar, o protesto continua na manhã desta sexta (21/10). Presos estão sendo mantidos reféns com cordas feitas de lençóis amarradas no pescoço.

Pelo menos 125 presos participam do movimento, segundo o tenente-coronel da PM José Clovis Santana Vitor, exigindo alterações na rotina da penitenciária, que dizem respeito à alimentação e visitas. Eles queimaram colchões e quebraram parte da estrutura da ala na noite de quinta-feira, inclusive as câmeras de segurança.

Ainda de acordo com o tenente da PM, juízes e promotores foram até o local definir estratégias para negociação. A segurança é realizada por equipes do Batalhão de Choque da Polícia Militar.

“Eles não querem visitas na parte externa, mas sim dentro do pavilhão, o que é impossível. Na situação atual, já enfrentamos vários indícios de irregularidades. Também pedem liberação para receberem comida de fora, mas a comida daqui é boa, a gente se alimenta aqui”, relata o tenente coronel que coordena as negociações. Equipes do Batalhão de Choque e policiais militares fazem a segurança.

A negociação é comandada pelo major Júlio Ferreira, que representa a Superintendência de Gestão Prisional ligada a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), além do tenente-coronel Vítor da 16ª CIPM, do coronel Fonseca do Pelotão de Choque e do major Marcos Aurélio.

A juíza da Vara Crime, Maria Angélica Carneiro, a promotora Núbia Rolim dos Santos, a defensora Elaine Moura Pimentel e os delegados de Serrinha, Daniel Tuy, e de Araci, Ana Carina Guerra, estão do lado de fora da unidade acompanhando a negociação que foi suspensa devido às novas exigências - não divulgadas pela polícia - feitas pelos presos.

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado, o Conjunto Penal de Serrinha tem capacidade para 476 internos e atualmente 462 cumprem pena no presídio.

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