sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Roubos a carteiros eram comandados por estudante de Direito, diz PF


A Polícia Federal na Bahia divulgou na tarde desta sexta-feira (21/10) um balanço da operação "Carta na Manga", realizada com o objetivo de prender integrantes de quadrilhas que roubavam carteiros em Salvador, região metropolitana e Feira de Santana.

A ação foi deflagrada pela polícia na manhã desta sexta-feira. Até as 15h, 18 suspeitos foram presos. Um deles é estudante de Direito de uma faculdade particular da Bahia. Ele é apontado pela polícia como líder de umas das quadrilhas. De acordo com a polícia, o universitário foi preso em casa e com ele foram encontradas uma pistola calibre 40 e um revólver 38.

A Polícia Federal informou ainda que na casa do estudante havia eletrodomésticos, que teriam sido comprados com os cartões de crédito roubados dos carteiros, materiais de alto valor, uma caminhonete de luxo, cartões de crédito roubados e ferramentas usadas para falsicação de documentos.

Operação

A operação "Carta na Manga" foi iniciada nesta manhã para cumprir 12 mandados de prisões preventivas e 16 temporárias, além de 33 de busca e apreensão contra quadrilhas especializadas em roubos a carteiros.

Segundo a Polícia Federal, pelo menos 500 assaltos foram realizados por três organizações criminosas em Salvador, região metropolitana e Feira de Santana, entre 2010 e 2011. O objetivo do assalto a carteiros, de acordo com a polícia, é a obtenção de cartões de crédito e de débito enviados pelos Correios.

A PF informa que cada quadrilha tem um líder, que fornecia meios de locomoção e armas aos assaltantes e esses ganhavam de R$ 50 a R$ 200 por cartão roubado. O desbloqueio dos cartões era realizado por outros integrantes da quadrilha forjando serem os titulares das contas. As investigações apontam que os grupos criminosos tinham atuações independentes, mas mantinham comunicação.

A operação é executada por 124 policiais federais e tem apoio de policiais do Serviço de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). De acordo com a Polícia Federal, os mandados são direcionados a suspeitos de assalto, estelionatos e falsificação de documentos públicos e foram autorizados pela 2° Vara Federal da Seção Judiciária do Estado da Bahia, após parecer favorável da Procuradoria da República na Bahia.

Os suspeitos devem responder pelos crimes de formação de quadrilha, roubo qualificado, estelionato, falsificação de documento público e uso de documento falso. As penas para esses crimes variam de um a dez anos de prisão, além de multas. Os suspeitos serão interrogados e encaminhados ao Complexo Penitenciário da Mata Escura, local onde ficarão à disposição da Justiça.

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