terça-feira, 22 de novembro de 2011

Guarda Municipal apreende armas e evita homicídios em escola


Prepostos da Guarda Municipal de Feira de Santana apreenderam diversas armas brancas com estudantes da Escola Municipal Frutuoso de Araujo, situada no distrito de Tiquaruçu impedindo que dois jovens fossem mortos na escola. 

De acordo com o comandante da Guarda, Marcus Vinícius Alves, a ação foi motivada por denúncias anônimas dando conta que três homens armados teriam cercado o colégio em busca do estudante identificado como: Mauricio dos Santos Lima, 18 anos, que estuda o 9º Ano.

Ao avistarem a viatura da Guarda Municipal, os homens fugiram para dentro de um matagal que fica próximo a unidade escolar, os mesmos ainda deflagraram três tiros contra a guarnição da Guarda sendo que ninguém foi ferido.

O estudante Flavio Batista dos Santos, 18 anos, que estuda o 8º ano foi flagrado com um punhal, que estava no interior da mochila. Ele é acusado de chamar os dois homens que estavam armados de revolveres e com uma faca tipo peixeira.

Segundo os denunciantes, os três queriam invadir a escola para matar o estudante Mauricio. “A diretora da escola solicitou que encaminhássemos uma guarnição, o que de imediato. Chegamos à escola e conseguimos impedir que o ou os homicídios ocorressem, já que além de Mauricio, os outros dois homens queriam pegar o primo do estudante identificado como Alexandro dos Santos Lima, 22 anos”, relatou Marcos.

"Se não fosse os guardas municipais eles tinhas nos matado" , disse mauricio
Todos foram conduzidos, para o Complexo Policial Investigador Bandeira e apresentado a Central de Flagrante. Flavio foi autuado em flagrante por ameaça de morte. Além do punhal, os guardas recuperaram em poder de Flavio, uma faca tipo peixeira, estiletes, além de canivetes e outros tipos de arma branca. Um menor de 11 anos foi flagrado com uma faca dentro da mochila, o mesmo foi entregue aos pais no local.

RIXA

Na delegacia, Mauricio contou que tudo começou durante a festa realizada pelo distrito no último final de semana, que aconteceu no Povoado de Socorro. “Estava eu e minha namorada, encostado no muro da igreja, quando ele (Flavio) e outro colega, se aproximou de mim, e perguntou, por que eu estava olhando para ele, simplesmente respondi que não estava olhando, ele ficou insistindo dizendo que se eu conversasse de mais, iriam me bater”.

Ainda de acordo com Mauricio, “Quando foi hoje, eu fiquei sabendo que ele e os primos estavam armando para me matar na escola, mesmo assim, eu fui e perguntei para ele, porque ele queria me matar, já que eu não tinha feito nada contra ele, ai ele disse que ia me bater mesmo, meu primo (Alexandro), pediu que não acontecesse isso, mas ele falou que também iria matar meu primo, mas graças à professora que ligou para Guarda e chegaram imediatamente evitando que eu e meu primo poderíamos sair mortos da escola”.

Flavio alegou para reportagem que realmente estava armado com um punhal. “Fiquei sabendo que ele (Mauricio) queria me matar, ai vim armado para escola, realmente tudo começou na festa, porque ele e outro amigo teriam me tirado pergunta e falou que iria me pegar na escola, ai resolvi vim com uma faca para escola. Enquanto, os caras que atiraram na Guarda, eu nem conheço”. Contou Flavio.

MEDO

A dona de casa Railda dos Santos Lima, mãe de Mauricio afirmou para reportagem que por pouco não viu o filho e o sobrinho mortos. “Estava em casa, quando meu outro filho de 14 anos, chegou chorando, informando que três homens e Flavio queriam matar Mauricio, ai fiquei doida e desesperada, sair correndo para escola, quando cheguei, realmente eles estavam querendo invadir a escola pra matar meu filho e meu sobrinho, mais a Guarda Municipal chegou e eles correram, mesmo assim deflagraram tiros contra os guardas” relatou.

Railda afirmou ainda que tem medo que o filho seja morto pelos acusados, “Eu não posso perder meu filho, eles não podem matar meu filho, Mauricio me ajuda dentro de casa, ele trabalha, para ajudar agente criar nossa família, pelo amor de Deus, não deixem tirar a vida do meu filho, não quero sofrer que nem muitas mães sofrem e estão sofrendo aqui na nossa cidade, e ninguém toma uma providencia para pelo menos impedir mais um pouco essa onda de homicídios, principalmente contra os adolescentes. Eu e o pai dele todos os dias vamos levar para escola, por que não podemos tirar agora, final de ano, ele vai ter que terminar o ano, mais vamos ter que precisar de segurança”. Afirmou a dona de casa Railda.

Alexandro afirmou que estava trabalhando na obra que está acontecendo na escola, quando ficou sabendo que Flavio e seus amigos estavam armados e queriam matar Mauricio. “Eu não ia deixar matar uma pessoa, principalmente meu primo, ai fui tentar amenizar a situação, mais não gostaram e falaram que também eu iria ver o meu”.

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