sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Vítimas não estavam entre citados em inquérito de fraude na 3ª Ciretran


Os três servidores da 3ª Circunscrição Regional de Trânsito de Feira de Santana (Ciretran) que morreram nesta quinta-feira (29/12) não estavam entre os sete citados no inquérito que investiga fraude na unidade, segundo informações de Osvaldo Moura, coordenador da força-tarefa do Detran responsável pela apuração. 

Mesmo ressaltando que os examinadores Luís Eugênio Teixeira Santos e Maria das Graças Costa Veiga e o coordenador de habilitação, o sargento Amarildo Araújo de Novaes, não estavam sendo particularmente investigados e nem estão entre os sete suspeitos de fraude, Moura diz que "a investigação é ampla" e ainda está em andamento. A polícia ainda não sabe se a morte dos três tem relação com as irregularidades investigadas. 

"Quanto ao envolvimento dos três em irregularidades, não tinha nada materializado. Eu não sei porque aconteceu essa tragédia", disse Moura ao "Acorda Cidade". 

Os três foram encontrados mortos dentro de um carro no estacionamento do Corpo de Bombeiros, no bairro do Tomba. Segundo o coordenador-regional da 1ª Coordenadoria Regional do Interior (Coorpin), Ricardo Brito, o sargento matou os dois colegas de trabalho e em seguida cometeu suicídio. De acordo com informações preliminares, o sargento Amarildo teria chegado em um carro, junto com Maria das Graças, ao estacionamento do Corpo de Bombeiros, onde encontraria com Luis Eugênio. O crime teria acontecido no local, onde foram encontradas sete cápsulas. 

Segundo o delegado, as investigações irão começar com o resultado dos laudos periciais e o relatório da auditoria que está sendo feita pelo Detran. "Vamos aguardar o laudo para saber o que motivou o sargento Novais a matar os colegas e tirar a própria vida”, diz.
Irregularidades

Sete servidores do Ciretran de Feira são investigados em um inquérito do Detran por suspeita de Fraude e uma funcionária já foi exonerada. A força-tarefa comandada por Osvaldo Moura apura denúncias há cerca de um mês. Além dela, está em andamento também um inquérito policial que investiga as supostas irregularidades no órgão. 

As denúncias incluem regularização de carros roupados, facilitação em exames de rua e liberação de vistoria de veículos, que mutias vezes nem chegavam a ser levados para o pátio. Enquanto dura a investigação, os suspeitos devem ser colocados em função administrativa.

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