segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Motoristas e cobradores protestam no Transbordo Central



Por estarem sofrendo constantes assaltos no centro de Feira de Santana, motoristas e cobradores da empresa Princesinha e 18 de Setembro realizaram uma manifestação e paralisaram os serviços na tarde desta segunda-feira (28) no Terminal Central da cidade.

De acordo com os profissionais, eles se mobilizaram para reivindicar dos patrões e das autoridades, mais segurança para a categoria, já que alguns deles foram assaltados por um homem, que age armado com uma faca. O fato vem acontecendo há cerca de 20 dias, próximo ao Transbordo Central. De acordo com alguns motoristas, o valor levado pelo assaltante é pago pelos próprios cobradores. 

“Esse meliante age na área mais centralizada da cidade, na região da rodoviária, da avenida J.J. Seabra e do bairro Sobradinho. Ele está agindo e  ninguém toma nenhuma providência. A gente só pede segurança para trabalhar”, afirmou um motorista, que não quis se identificar. Ele contou ainda que o assaltante age quando os motoristas param o veículo para o embarque e desembarque de passageiros. 

“Ele se aproxima da porta dianteira, e do degrau mesmo ele anuncia o assalto mostrando uma faca. Ele vai com a faca em direção do motorista ou do cobrador e pede dinheiro, relógio e celular. Isso vem acontecendo entre as 19 e as 22 horas da noite, mas essa semana ele começou a agir durante o dia”, relatou.

O Capitão Dijomar, que é um dos responsáveis pelo policiamento no centro da cidade, afirmou que só no ano de 2012 realizou 292 intervenções em transportes coletivos com abordagens. Ele esteve no local para conversar com a comissão de motoristas e representantes da classe de transporte coletivo para tentar chegar a uma solução. 

“A minha proposta foi para criarmos uma comissão e ir até o CPRL (Comando de Policiamento Regional Leste) para conversamos com o comando da Polícia Militar. Assim tentaremos traçar um plano para melhorar esse policiamento ostensivo direcionado ao transporte coletivo”, afirmou. 

O diretor do sindicato dos rodoviários, Antônio Carlos Lima, disse que já estava previsto um levantamento para posteriormente chamar a polícia para tentar resolver a questão, mas afirmou que os trabalhadores não aguentaram esperar e realizam a paralisação. 

“O trabalhador está em pânico e não aguentou. Eles estão vivendo com uma faca no pescoço. A Polícia conhece o caso, porque todas as queixas estão sendo registradas. Os motoristas pararam pedindo segurança de vida para eles e estão corretos. Pedimos que a polícia faça uma investigação, porque um bandido só com uma faca está fazendo um alarme desse na cidade”, declarou. 
 
Antônio Carlos confirmou a informação que os cobradores estavam pagando o valor levado pelo assaltante, através de vales que eram descontados do salário. Ele afirmou que esses vales foram rasgados, como uma das condições para a liberação dos ônibus. A paralisação durou cerca de 2 horas.

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