sábado, 26 de janeiro de 2013

Tiros e ameças durante a operação "Feira Quer Silêncio"



Mais uma ação da operação "Feira Quer Silêncio", coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais, foi realizada na noite de sexta-feira, (25/01). Duas equipes foram deslocadas para pontos considerados críticos e atendendo a denúncias de poluição sonora através da Central 156. O foco da ação foi os sons automotivos.

A iniciativa conta com o apoio da Secretaria de Prevenção à Violência, Guarda Municipal, Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) e Polícia Militar. A principal ocorrência da sexta-feira aconteceu em um espaço de eventos na rua Salvador, próximo ao Parque da Cidade Frei José Monteiro Sobrinho. A poluição sonora no local chegou a 99,3 decibéis - quando o máximo permitido é 60 decibéis.

Além do som em volume excessivo, a Polícia Militar abordou no local um jovem acusado de praticar assaltos na região. O suspeito resistiu à abordagem e atirou contra a guarnição, conseguindo fugir em seguida. O equipamento de som, conhecido popularmente como "paredão", estava instalado no reboque de um veículo, e foi conduzido pelo proprietário até o Complexo Policial Investigador Bandeira.

Policiais Militares, os funcionarios das secretarias que stavam envolvidas na ação e os profissionais de imprensa que registravam o trabalho foram ameaçados por dois homens que estavam comandando a festa. 

Para o secretário de Meio Ambiente, Roberto Tourinho, a situação flagrada na rua Salvador revela problemas que vão além da poluição sonora. “E isso mostra a importância desta ação. Pois geralmente onde há eventos desse tipo, regidos pelo som em volume excessivo, existem também menores de idade que não deveriam estar ali, pessoas armadas, e outras situações suspeitas”, observa.

Nos demais locais fiscalizados, inclusive em pontos considerados críticos, como no Conjunto Centenário, não foram encontradas irregularidades. Para Roberto Tourinho a situação de normalidade nesses locais representa os efeitos da operação, que vem sendo executada há uma semana.

“Iniciamos na semana passada e monitoramos durante esta semana. Foram 30 veículos e 22 estabelecimentos e templos religiosos fiscalizados e muitos proprietários e responsáveis por esses locais compareceram na Secretaria para fazer as alterações necessárias e se enquadrarem dentro do que prevê a lei. E o resultado da operação nesta sexta-feira já mostra os efeitos positivos deste trabalho”, considera Tourinho.

O secretário garante que a ação continuará sendo realizada na cidade e contará com um suporte ainda maior. “Poderemos ter também nas próximas ações a presença de comissários de menores, devido à quantidade que encontramos de crianças e adolescentes nesses locais. Feira não suporta mais essa onda de contravenção que tem como pano de fundo a poluição sonora”, afirmou Tourinho.

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