sábado, 8 de março de 2014

Polícia prende suspeito de roubar mulher que acusou ator no Rio

O suspeito de ter roubado a bolsa de uma mulher e que fez com que o ator Vinícius Romão de Souza, 26 anos, fosse preso por engano foi localizado noite desta quinta-feira (6), no Rio de Janeiro. Identificado como Dione Mariano da Silva, 24, ele tem passagens pela polícia por furto e foi autuado por porte ilegal de arma, pois estava com um revólver quando foi preso, segundo a Rádio Globo.

Dione negou o crime e confessou que é viciado em cocaína e usuário de maconha. "Há uma suspeita muito grande pela semelhança física. A polícia recebeu denúncias de que o Dione praticava roubos e furtos na região do Grande Méier. A investigação vai continuar para comprovar se ele assaltou a copeira", afirmou o delegado Marcelo Ambrósio à Rádio Globo.

Vinícius Romão foi preso na noite de 10 de fevereiro sob acusação de ter roubado a bolsa da copeira Dalva da Costa Santos no Méier, na zona Norte do Rio. Na bolsa, havia apenas R$ 10 e um bilhete de ônibus. Romão não tinha passagem pela polícia. Na ocasião, um policial civil à paisana parou para socorrer Dalva. Ele saiu com a mulher em seu carro e parou ao ver Vinícius subir o Viaduto de Todos os Santos.

A copeira disse que chegou a pensar em retornar à polícia no dia seguinte para “retirar a queixa”, e que só não o fez por não ter o dinheiro da passagem. Em novo depoimento, ela afirmou que se enganou ao fazer o reconhecimento do ator como ladrão pela semelhança física deles.

Após 16 dias, Romão foi solto da Cadeia Pública Patrícia Acioli no último dia 26 mediante um alvará de soltura. Na saída, ele afirmou que perdoa a mulher que o acusou.

"Ela cometeu um erro. Pode acontecer com qualquer pessoa. Eu perdoo ela. Que Deus a ilumine. Que tudo dê certo na vida dela", disse.

Mesmo solto, o delegado Niandro Lima afirmou que Romão ainda terá que responder na Justiça pelo processo de roubo, mesmo sendo inocentado e liberado da cadeia.

“O procedimento policial [contra o ator] foi encerrado, mas isso deu origem a um processo e quem vai comprovar a culpa ou absolvição vai ser o juiz em uma sentença”, afirmou o delegado, que caracterizou a prisão do ato como “um equívoco”.

Lima disse que o roubo foi rápido, violento e que era noite, o que leva a crer que “nem a vítima, nem o policial civil agiram de má fé” e por isso não devem responder pelo crime de falso testemunho. 

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