segunda-feira, 21 de abril de 2014

SSP cria força-tarefa para apurar crimes ocorridos durante greve da PM

O secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, anunciou a criação de uma força-tarefa para apurar os crimes ocorridos durante a greve dos policiais militares e no pós-greve. Ele contou nesta segunda-feira (21/04), em entrevista à TV Bahia, que a equipe do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) será reforçada com delegados de outros setores da Polícia Civil. 
“Temos como prioridade agora a investigação desses homicídios que ocorreram na greve de 2014”, disse. Segundo a TV Bahia, 104 assassinatos ocorreram em Salvador e Região Metropolitana desde a tarde da última terça-feira (15), quando os policiais iniciaram a paralisação. Foram 60 homicídios durante a greve e outros 44 entre sexta-feira e domingo (20). Os números representam um aumento de 57% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Na cidade de Feira de Santana, a 100 Km de Salvador, no período da greve foram registrados 46 homicídios e o Departamento de Polícia Técnica (DPT)  da cidade teve problemas para colocar os corpos das pessoas que foram assassinadas. Os corpos só foram liberados no final da noite de quinta-feira (17), último dia da greve.

Por conta desse aumento, o Secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, anunciou a criação de uma força tarefa para esclarecer os crimes cometidos.

“Nós já temos o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, nós estamos chamando outros delegados que não fazem parte desse departamento para termos um grupo fortalecido pelos próximos 60, 90 dias. Nós temos como prioridade agora a investigação desses homicídios que aconteceram na greve de 2014”, explica.

Acordo
A greve da Polícia Militar chegou ao fim na tarde de quinta-feira (17) após a assinatura de acordo com o governo estadual. A proposta aprovado pela categoria prevê a anistia nos processos administrativo para que todos os policiais que participaram dessa greve não sejam punidos e o aumento da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho (CET). 

Entre os itens acordados – presentes na primeira proposta – está o aumento do CET de 0% para 25% para os praças que trabalham na área administrativa, de 17% para 45% para os praças operacionais (que vão para as ruas) e de 35% para 60% para os praças motoristas. O texto ainda promete regulamentar o Artigo 92 do Estatuto da PM, que prevê o pagamento de adicionais de insalubridade, periculosidade e demais auxílios, mas sem estabelecer prazos.

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