O secretário da
Segurança Pública, Maurício Barbosa, anunciou a criação de uma força-tarefa
para apurar os crimes ocorridos durante a greve dos policiais militares e no
pós-greve. Ele contou nesta segunda-feira (21/04), em entrevista à TV Bahia,
que a equipe do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) será
reforçada com delegados de outros setores da Polícia Civil.
“Temos como prioridade agora a investigação desses
homicídios que ocorreram na greve de 2014”, disse. Segundo a TV Bahia, 104
assassinatos ocorreram em Salvador e Região Metropolitana desde a
tarde da última terça-feira (15), quando os policiais iniciaram a paralisação.
Foram 60 homicídios durante a greve e outros 44 entre sexta-feira e
domingo (20). Os números representam um aumento de 57% em comparação com o
mesmo período do ano passado.
Na cidade de Feira de Santana, a 100 Km de Salvador,
no período da greve foram registrados 46 homicídios e o Departamento de Polícia Técnica
(DPT) da cidade teve problemas para colocar os corpos das pessoas que
foram assassinadas. Os corpos só foram liberados no final da noite de
quinta-feira (17), último dia da greve.
Por conta desse aumento, o Secretário de Segurança
Pública da Bahia, Maurício Barbosa, anunciou a criação de uma força tarefa para
esclarecer os crimes cometidos.
“Nós já temos o Departamento de Homicídios e Proteção à
Pessoa, nós estamos chamando outros delegados que não fazem parte desse
departamento para termos um grupo fortalecido pelos próximos 60, 90 dias. Nós
temos como prioridade agora a investigação desses homicídios que aconteceram na
greve de 2014”, explica.
Acordo
A greve da Polícia
Militar chegou ao fim na tarde de quinta-feira (17) após a assinatura
de acordo com o governo estadual. A proposta aprovado pela categoria prevê
a anistia nos processos administrativo para que todos os policiais que
participaram dessa greve não sejam punidos e o aumento da Gratificação por
Condições Especiais de Trabalho (CET).
Entre os itens acordados – presentes na primeira proposta – está
o aumento do CET de 0% para 25% para os praças que trabalham na área
administrativa, de 17% para 45% para os praças operacionais (que vão para as
ruas) e de 35% para 60% para os praças motoristas. O texto ainda promete
regulamentar o Artigo 92 do Estatuto da PM, que prevê o pagamento de adicionais
de insalubridade, periculosidade e demais auxílios, mas sem estabelecer prazos.
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