segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Polícia Federal prende 11 por suspeita de fraude ao Enem 2016



Ação da PF
O delegado da Polícia Federal Franco Perazzoni informou que 11 pessoas foram presas neste domingo (06/11) em duas operações realizadas em 8 estados para combater fraudes contra o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Perazzoni disse que todos os presos foram flagrados usando ponto eletrônico. Entretanto, não soube informar quantos estavam fazendo a prova e quantos passavam o gabarito.

“As investigações prosseguem e amanhã [segunda] vamos sentar com o Inep [para continuar cruzando os gabaritos]”, afirmou Perazzoni sobre a apuração para identificar se houve mais fraudes do que as situações já descobertas.

A PF realizou duas operações em pelo menos 8 estados para combater fraudes contra o Enem, que aconteceu neste final de semana. Uma delas foi em Montes Claros (MG) e teve como alvo uma organização criminosa suspeita de utilizar uma central de telefonia celular e pontos eletrônicos para repassar informações aos candidatos, que cobrava até R$ 180 mil por gabarito. A outra operação aconteceu em estados do Norte e Nordeste e investiga 22 pessoas também suspeitas de fraudar o exame.

Chamada de "Embuste", a operação realizada em MG cumpriu 28 mandados judiciais, sendo 4 de prisão temporária, 4 de condução coercitiva (quando alguém é levado para depor), 15 de busca e apreensão e outros 5 de sequestro de bens. Das 11 prisões, 10 foram nesta operação.

De acordo com a PF, o principal alvo dos candidatos que recorreram à fraude eram cursos de medicina.
"No decorrer das investigações, a Polícia Federal conseguiu identificar o repasse de gabaritos, mediante moderna central telefônica via celular, para candidatos situados em diversas partes do país, em evidente fraude ao Enem/2016", informou a PF em nota.

O delegado Franco Perazzoni contou que, em um dos casos de prisão, o equipamento com a escuta teve que ser retirado do ouvido do candidato com uma pinça que possui um ímã na ponta.
Em Fortaleza (CE), um rapaz de 34 anos, que fazia a prova do Enem neste domingo, foi preso em flagrante usando um equipamento eletrônico preso ao corpo e pontos de escuta nos ouvidos. De acordo com a Polícia Federal,  ele foi identificado após a deflagração da operação Embuste, em Minas Gerais.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, além do Enem o grupo já teria fraudado, em 2016, vestibulares nas cidades de Mineiros (GO) e Vitória da Conquista (BA), realizados em outubro.

Norte e Nordeste
A outra operação, batizada de Jogo Limpo, foi realizada em sete estados: Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Tocantins, Amapá e Pará. Também em nota, a PF informou que foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão e que o objetivo foi "reprimir fraudes" ao Enem.

"A partir da análise de gabaritos apresentados em anos anteriores promovida pela Policia Federal em conjunto com o INEP, foram identificadas 22 pessoas que teriam apresentado respostas suspeitas de fraude e que fariam a prova novamente em 2016", diz a nota.

Agentes da PF cumpriram apenas 1 mandado de busca pessoal em Santarém (PA) - uma pessoa que fazia a prova do Enem e que, quando saiu do local do exame, foi levado para prestar esclarecimentos.
Informações do g1

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